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'Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma'-Lavoisier***********************************************'Posso não concordar com o que dizes mas lutarei para que o possas sempre dizer' - Voltaire
Há já algum tempo, uma ilustre figura terá afirmado que a nossa Republica não é das bananas. Perante uma afirmação destas, que me suscitou dúvidas e me despertou a curiosidade, pus mãos à obra e comecei a constatar factos, acções e acontecimentos que têm marcado o nosso quotidiano regional e nacional, para assim poder ou não concordar com tal afirmação.
Lembrei-me de começar pelas incineradoras e pelo dilema do lixo, que ora vai para o Norte, ora vai para o Sul sem se saber muito bem se os gases emitidos pelas incineradoras são tóxicos ou não.
Outro facto interessante é o da criação de novos concelhos, em que algumas freguesias são filhas e outras enteadas, comportamento estranho, já que a lei deveria ser igual para todas. Não menos caricatas são as decisões menos conseguidas de alguns titulares de pastas governamentais, que perante tal situação se demitem e as explicações para com a opinião pública esfumam-se com o tempo.
O caso “Camarate” já foi arquivado e reaberto tanta vez, que quando chegarem a alguma conclusão já ninguém se lembra do que é que aconteceu.
Mais recente é o caso “Champalimaud” , em que o governo aparece muito preocupado com a defesa do nosso património, o que não me lembro de ter acontecido numas recentes negociações Luso- Brasileiras.
Perante a União Europeia somos iguais nos deveres e diferentes nos direitos, para além de jogarmos fora a nossa produção nacional e consumirmos a estrangeira.
Enfim, muito mais casos há, mas estes são suficientes para concluir que não estou em boas mãos, quanto à República das Bananas talvez andemos lá perto, só nos falta o clima.
Paulo Conde - Correio da Manhã - 1999
À beira do Novo Milénio, ainda existem mentalidades retrógradas, que se sobrepõem á qualidade de vida dos cidadãos, posturas essas que são autênticos bloqueios à evolução, senão vejamos.
Samora Correia está constantemente a ser visitada pela escuridão, graças às persistentes falhas de energia eléctrica. Mas, o mais grave acontece, quando contactamos a empresa responsável ( L.T.E. ) para os devidos esclarecimentos e nos é sempre dito que a causa da escuridão, se encontra na Central Eléctrica do Carrascal, ( Samora Correia ) devido a avaria ( são tantas, que eu proponho que a dita feche para obras ) . Para os Samorenses isto não constitui qualquer novidade, já que são vitimas há muito tempo dum persistente Monopólio, que pode ter tudo, menos respeito pelos cidadãos, continuando estes a pagar aluguer dos contadores eléctricos, mesmo quando estão às escuras e que se contabilizarmos chegamos à conclusão de que por cada cliente uma hora de aluguer custa cerca de 10$00, o que é uma quantia irrisória, o mesmo já não se passa se multiplicarmos este valor pelos milhares de clientes desta freguesia e se adicionarmos os avultados prejuízos das empresas.
Enfim, somos vitimas de um mau serviço e quiçá subjugados a interesses que falam mais alto.
Paulo Conde - Correio da Manhã, 1999