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'Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma'-Lavoisier***********************************************'Posso não concordar com o que dizes mas lutarei para que o possas sempre dizer' - Voltaire
Não sou muito dado a viagens, principalmente de automóvel, até porque o combustível está muito inflacionado, mas sempre que posso gosto de vez em quando de dar as minhas passeatas e conhecer um pouco do nosso lindo Portugal.
A minha ultima digressão foi até Aveiro, utilizando para o efeito a auto-estrada do Norte, lá fui eu sempre na “casa” do 120Km/h, porque a lei assim o exige e o meu pequeno “bólide” a mais não permite.
Mas eis que na minha pacata viagem, começam a passar pelo meu lado esquerdo autênticos “mísseis”, que mal tinha tempo para lhes ver a cor. O que me valeu foi o facto de ainda não estar em idade de ser traído pelos meus sentidos e como tal consegui ver que se tratavam de veículos idênticos aos que abundam ali para os bairros do Restelo, da Lapa ou até de S.Bento.
Mais à frente veio a excepção que confirma a regra, e eis que surge ao meu lado, um veiculo de baixa cilindrada, que apesar da sua estatura não se fez rogado e ali estava ele a querer competir com os grandes. O que diga-se em abono da verdade, até seria legitimo, não fosse mais á frente a autoridade mandá-lo parar, decerto o seu atrevimento tinha sido captado pelo radar, pois talvez circulasse a mais 10 ou 20Km/h do que é permitido por lei.
Coitado, não tem um bólide “made in Germany” para circular a 200 e furtar-se aos radares tal como os outros, ou então, será que os radares têm limite de captação e são patrocinados por alguns?
Paulo Conde - Correio da Manhã - 2000
Certamente que a afirmação que dá corpo a este titulo, não é novidade para ninguém, mas nunca é demais afirmá-lo.
Por muita investigação que se faça, por muitos relatos que se oiçam, acerca das péssimas condições em que se encontra o sistema de saúde em Portugal, nunca se mostra tão grave, como quando é vivido “in loco”, por cada um de nós.
Falta de condições mínimas de higiene, falta de camas, falta de assistência médica, falta de profissionalismo, falta disto, falta daquilo e sobretudo, falta de respeito pelos cidadãos que carecem de serviços de saúde.
No país da Expo’ 98, Porto 2001, Euro 2004, projectos onde o governo demonstra um ávido interesse e empenho, é um país onde o mesmo governo não consegue zelar pela saúde dos seus cidadãos, caindo no incumprimento do artigo 64º da Constituição da República Portuguesa.
Aliás, o sistema de saúde tem evoluído tão negativamente, que os responsáveis, já sem saberem o que fazer, têm-se virado ultimamente para os problemas internacionais, porque os nacionais, esses que se lixem!
Paulo Conde - Correio da Manhã - 2000