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'Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma'-Lavoisier***********************************************'Posso não concordar com o que dizes mas lutarei para que o possas sempre dizer' - Voltaire
Há cerca de dois anos, surgiram diversas iniciativas e acções conjuntas por parte da população samorense, tendo em vista a criação do Ensino Secundário, nesta terra que o rio Almansor viu crescer.
A enorme celeuma criada em torno do assunto, quer por parte da população, responsáveis do ensino e até autarquia, culminou após diversas reuniões e assembleias, com a criação na Escola C+S de João Fernandes Pratas do intitulado 10ºAno com uma turma da área de Artes.
Ora, como facilmente se previa, a iniciativa saiu gorada, mais uma vez porque alguns dos que se apresentaram como defensores do projecto, conseguiram iludir a população, tendo como únicos objectivos a promoção pessoal e o aproveitamento político, delegando para segundo plano o desenvolvimento de Samora Correia.
O Ensino Secundário nesta terra, ao contrário do que afirmaram, não acabou, porque como é obvio, não se pode acabar com algo que nunca começou. O que chamaram de Ensino Secundário, não passou de uma manobra política para acalmar as hostes e manter o eleitorado sereno.
Por isso, para dar a Samora todas as condições de Ensino que ela merece é necessário contribuir para a realização pessoal e comunitária dos indivíduos, não só pela formação para o sistema de ocupações socialmente úteis, mas ainda pela prática e aprendizagem da utilização criativa
dos tempos livres, descentralizando e diversificando as estruturas e acções educativas, de modo a proporcionar uma correcta adaptação às realidades, um elevado sentido de participação das populações, uma adequada inserção no meio comunitário e níveis de decisão eficientes, para tudo isto, basta que retirem das gavetas os estudos elaborados com imparcialidade, rigor e bom senso, os ponham em prática e lutem por eles até ao fim, porque a educação não pode estar ao serviço de ninguém, mas sim, para educar e servir a todos. Quero fazer um apelo a todos os jovens estudantes, porque são todos vós, mais do que ninguém os obreiros do futuro, e ele começa já hoje, como tal, não deixem que decidam por vós, reclamem pelos vossos direitos e pelas infra-estruturas de ensino que tanto merecem.
Paulo Conde - Jornal Vale do Tejo - 2001