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'Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma'-Lavoisier***********************************************'Posso não concordar com o que dizes mas lutarei para que o possas sempre dizer' - Voltaire
Quando muitos afirmam que a censura existente no Estado Novo terminou há 35 anos, estão de certa forma a censurar a verdade. Ao invés, o que cada vez mais se comprova é que a tão temível e poderosa censura, apenas se mascarou, mudou de estilo, reforçou-se com sonegações históricas e cá continua entre nós mais discreta e cirúrgica. Analisemos então um flagrante exemplo que é disso bem ilustrativo e esclarecedor.
No dia 27 de Abril de 1953 foi inaugurado o edifício do Hospital de Santa Maria e colocada na sua entrada uma placa com a seguinte inscrição: "Este edifício destinado á faculdade de medicina e ao hospital escolar de Lisboa foi solenemente inaugurado pelo Presidente da República general Francisco Higino Craveiro Lopes em 27 de Abril de 1953 vigésimo quinto aniversário da entrada do doutor António de Oliveira Salazar para o governo da Nação".
Hoje, passados 35 anos de ter sido vandalizada em 1974 e com a conivência de muitos, apenas conseguimos ler o seguinte: "Este edifício destinado á faculdade de medicina e ao hospital escolar de Lisboa foi solenemente inaugurado".
Afinal quem disse que a censura terminou?
Paulo Conde - Diário de Noticias, Revista Sábado - 2009
Há dias o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa pôs o dedo na ferida, quando num dos seus comentários abordou um assunto que muitos conhecem mas poucos falam, refiro-me concretamente aos cidadãos reformados que continuam a trabalhar, não só nos célebres "biscates" mas cada vez mais a tempo inteiro, com a especial agravante de que na sua maioria são cidadãos com valor de reformas acima do salário minimo nacional e nalguns casos várias vezes esse valor. Ao invés, poucos são os reformados verdadeiramente necessitados com reformas miseráveis que se vêem bafejados por este aproveitamento de algumas entidades patronais, que utilizam este expediente para passarem ao lado de obrigações fiscais e sociais. As autoridades competentes já frisaram que vão reforçar a vigilância nesta área e será justo e crucial que o façam, pois nos tempos que correm de profunda crise e desemprego galopante, o trabalho não pode nem deve servir como "hobbie" para uns e "offshore" para outros, mas sim como primeira e vital necessidade de quem tem que sobreviver e alimentar os filhos.
Paulo Conde - Diário de Noticias - 2009
Há umas décadas atrás o acto de votar era proibido e como tal todos os cidadãos ansiavam por conquistar esse direito ou seja, participar activamente nas escolhas da nação.
Acontece que, de alguns anos a esta parte, há cidadãos que confundem democracia com anarquia e vão para todo o lado menos para uma mesa de voto, alheando-se do dever de participar nos actos eleitorais, porque votar é uma chatice, não está na moda nem bronzeia.
Porém, no dia em que perante este cenário, decidirem alterar a legislação e tornar o acto de votar proibido ou obrigatório, os que não votam serão os primeiros a protestar e a reclamar direitos!
Paulo Conde - Correio da Manhã; Diário de Noticias; 24Horas; Jornal-i; Jornal Sol - 2009
O show de marketing deste governo, muito sucintamente porque o espaço é caro, passa pelas "Novas Oportunidades", onde qualquer cidadão pode aprender em apenas um mês o que outros nos anos lectivos demoram um ano, ou seja é a educação á pressão simbolizada por um mediocre canudo entregue com beijinhos e abraços na pessoa do Sr. Primeiro Ministro.
Depois temos o "magalhães", que segundo a União Europeia está ilegal, deu prejuizo ao Estado (contribuintes) e é lesivo para a visão das crianças, em suma, para quem pagou 50 euros é caro!
Finalmente, organizam-se excursões para reformados, onde para além do passeio e das habituais apresentações de produtos ainda têm tido direito a uma surpresa, um comicio de ultima geração completamente grátis.
Isto é só um pequeno "trailer" do show de marketing deste governo!
Paulo Conde - Diário de Noticias; 24Horas - 2009